Ex-aluna Dabele é Destaque no Jornal O Povo de Fortaleza
Segue na íntegra a matéria que apresenta Emanuele Duarte, nossa ex-aluna e atualmente professora da Dabele Cursos. A publicação abordou o tema das pessoas que não tiveram medo em se capacitar para empreender.
Reação. Eles nadaram contra a maré
| ALTERNATIVA | Uma das alternativas para o desalento é o empreendedorismo. Cearenses contam suas experiências como desalentados e quais ações tomaram para sair da situação Enquanto o desalento aumenta no País, há quem nade contra a maré. Pessoas que não tiveram medo em arriscar e se reintegraram ao mercado como empreendedoras. O professor Fábio Sousa trabalhava como vendedor de uma empresa em Fortaleza há três anos, antes de abrir o próprio negócio. “A fábrica saiu de Fortaleza e foi para Horizonte. Não realocaram nenhum funcionário na nova unidade. Fui demitido e, depois de ficar um tempo sem buscar trabalho, repensei no que ia fazer da vida”, lembra.
Com a experiência acumulada em muay thai, decidiu montar um centro de treinamento em Fortaleza, no bairro Mondubim, para ensinar a arte marcial. “O tempo que passei sem procurar emprego foi o período que recebi a rescisão da antiga empresa. Com o dinheiro em mãos, comprei peças, tatame e outros itens para minha academia”, destaca.
Uma das coisas que fizeram a diferença, na área, foi a questão da qualificação. “Não se trata apenas de lutar. Participei de seminários fora do Ceará e me especializei no muay thai”, aponta. A academia conta com 60 alunos divididos nos turnos manhã, tarde e noite.
Sobre o assunto
Psicologia do desalento
A empreendedora Emanuele Duarte também apostou em na qualificação profissional. Há dois anos, ela trabalhava na área de vendas. Após o desligamento, queria atuar no segmento de salões de beleza em Fortaleza. “Procurei emprego nessa área, mas não conseguia. Pediam experiência e eu não tinha nenhuma. Fiquei seis meses sem buscar recolocação no mercado. Com a minha rescisão, resolvi buscar conhecimento. No total, fiz três cursos. Em vez de procurar emprego nos salões, investi no meu próprio negócio”, diz.
Atualmente, ela atende clientes que moram em bairros como Meireles, Aldeota e Passaré.
O caminho da especialização seguido por Fábio Sousa e Emanuele Duarte é defendido por Juliana Inhasz, professora de economia do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). “O mercado está ficando cada vez mais competitivo, seja qual for o segmento. E ele acaba demandando pessoas com índices de qualificação elevados. Para quem possui uma graduação, o ensino superior não é mais garantia de emprego”, observa.
O empreendedorismo surge como uma alternativa. “Se trata de um canal interessante para o jovem, mas ele precisa ser mensurado antes de se aventurar. Não adianta colocar um negócio que ficará saturado. Maturidade para entender que haverá momentos de altos e baixos é imprescindível”, acrescenta.
Fonte
https://www.opovo.com.br/jornal/dom/2018/07/reacao-eles-nadaram-contra-a-mare.html